quinta-feira, 27 de outubro de 2011

19º Congresso Brasileiro e 8º Internacional de Fonoaudiologia

Confira nosso pôster "Tecnologia como Ferramenta de Estudo: A Experiência da Criação de um blog sobre Autismo", que estará exposto no 19º Congresso Brasileiro e 8º Internacional de Fonoaudiologia, a ser realizado entre os dias 30 de Outubro e 2 de Novembro.
O pôster estará exposto na segunda-feira, dia 31 de Outubro, das 10h às 11h da manhã.
Para maiores informações, conversar com Gabriela M. Duarte Silva e Karen Elena Lobrigate.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Cartilha com os direitos das pessoas com autismo.

       Esta cartilha foi elaborada pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo em parceria com mães, pais e representantes de entidades ligadas ao Movimento Pró-Autista a partir de questionamentos de familiares e profissionais sobre os direitos da pessoa com autismo e a forma de efetivá-los.
     Não pretendemos esgotar o assunto, tão amplo e complexo, tampouco usar de termos técnicos para esclarecer as questões que iremos tratar.
      Mais do que criar um manual de orientações sobre o autismo e os direitos garantidos pelo nosso ordenamento jurídico, desejamos que esta cartilha contribua para a reflexão sobre a importância do respeito à diversidade e do cuidado entre as pessoas.
         Boa leitura!


FONTE: http://www.defensoria.sp.gov.br/dpesp/repositorio/34/figuras/DireitosPessoasAutismo_Leitura.pdf

Deputada Mara Gabrilli comenta a sketch Casa dos Autistas

A emissora MTV Brasil apresentou, no dia 22/03/2011, a sketch A Casa dos Autistas, no Programa Comédia MTV, uma sátira à "Casa dos Artistas", da emissora SBT. Neste quadro, atores interpretaram o comportamento autista de forma infeliz, como julgaram que este seria. A deputada federal Mara Gabrilli comentou o episódio:

"A informação sempre me serviu como arma para combater a ignorância e os preconceitos. Quando comecei a trilhar os caminhos da inclusão, também passei a utilizar a comunicação como uma ferramenta de inserção social.
Hoje, vejo o quão já avançamos neste sentido, pois, nós, pessoas com deficiência, passamos a marcar presença nos jornais, nos programas de rádio, nas revistas. Eu sou prova disso, porque me expresso há três anos no Derrubando Barreiras – programa da Radio Eldorado, agora Estadão ESPN. Não podemos negar que aos poucos estamos conquistando espaços na mídia, inclusive, nos programas de TV, veículo de massa poderoso que, a princípio, deveria contribuir para o desenvolvimento social de seu público, muitas vezes, formado por jovens em plena fase de formação ideológica. É o caso do canal MTV Brasil, cujo público alvo são jovens com cerca de 15 a 24 anos.

Recentemente, em seu programa Comédia MTV, a emissora de postura jovem, que sempre adotou projetos editoriais diferenciados, veiculou uma sketch chamada Casas dos Autistas, uma sátira ao reality show do SBT apresentado por Silvio Santos. O quadro, ao meu ver - não tenho intenção de julgar o que é ou não humor ou o que é ou não permitido nele -  foi sem graça e desprovido de inteligência. Mas, esse não é o pior, pois, acima de tudo, a piada em questão vai contra tudo que um canal como a Music Television Brasil prega, oferecer entretenimento inteligente. Resultado: um desserviço a um bocado de jovens telespectadores.

Lutamos há décadas para aplicar na prática o conceito de educação inclusiva, mudando o olhar das pessoas sobre as diferentes capacidades de cada um. Programas deste cunho podem causar danos indeléveis, partindo do fato que o público da MTV é o alvo da nossa luta inclusiva: jovens em fase de aprendizado e que aos poucos começam a se deparar com a diversidade humana dentro das escolas. O que precisamos agregar a estes alunos são valores de respeito ao ser humano e suas diferentes capacidades e não incitar mais casos de bullying em nossas instituições de ensino.

A Casa dos Autistas não representa, sequer, uma ideia vaga sobre o que é de fato uma pessoa com autismo, tampouco a realidade da qual essas pessoas fazem parte. Quem disse que aqueles trejeitos são típicos do comportamento autista? Poderia ser o reflexo de várias representações, como por exemplo, muito consumo de cocaína e cachaça, algum distúrbio psiquiátrico ou excesso de remédios para emagrecer. Até mesmo os atores foram subutilizados, quem disse que autista não exercita o verbo? O que eram aqueles grunhidos? Algum “lançamento onomatopéico” da Língua Portuguesa?

Se querem fazer humor abordando este tema, sugiro que falem da piada que é o serviço público dirigido a essa parcela da população. Vocês sabem da dificuldade que uma mãe passa para conseguir transporte escolar para o seu filho com autismo? Isso, partindo do pressuposto de que ela foi informada sobre o que seu filho tem, porque na maioria das vezes não é o que ocorre. Você sabia que a maioria destas pessoas tem seu desenvolvimento prejudicado por conta da incapacidade de se diagnosticar de maneira precisa o autismo no Brasil?

A sociedade não conhece o tema, definitivamente, os humoristas, tampouco. Mas, fica aí a dica: se querem satirizar o dia a dia de um autista abordem as dificuldades que uma criança com autismo sofre diariamente para ter acesso à educação, saúde ou uma simples orientação pedagógica. Depois de se informar eu duvido que você sentirá graça diante de tanto descaso e precariedade de serviços.

Conheço autistas que trabalham, estudam e contribuem para a sociedade, mas esta, por sua vez, ainda teima em fingir que essas pessoas fazem parte de outro universo. Quem será que realmente está alienado? No início deste mês, dia 2/4, comemoramos o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. A data foi criada para instigar as pessoas a refletir sobre a inclusão do autista na sociedade. Que tipo de reflexão estamos fazendo sobre o tema com piadas deste cunho? É este o serviço que a mídia quer prestar a sua nação?

Sei que humor não se censura, mas se qualifica, se aprimora. Nunca liguei para piadas relacionadas a cadeirantes, quem me conhece sabe que sou imune a este tipo de comportamento. Piada é feita para rir, mas humor também é feito para criticar o que a sociedade vive dia a dia. Quando se trata de autismo, ainda estamos muito aquém do que consideramos informados. Sendo assim, qual o embasamento para uma piada deste tipo? Sou a favor das pessoas que riem delas mesmas. O que me agride é miséria de boas ideias, de criatividade. Para criar uma sátira é preciso ter conhecimento sobre o seu alvo. Isso é humor inteligente.

Tenho certeza de que a MTV entendeu muito bem as várias críticas que lhe foram conferidas pelo quadro. A emissora se retratou alegando a importância de se respeitar a pessoa com autismo. Uma atitude correta e que fará muitos de seus telespectadores buscarem informação sobre o assunto. É aí que retomamos a essência do nosso trabalho: o uso da informação na quebra de paradigmas.

Aos representantes da causa, parabéns pela disposição em expor a realidade sobre o assunto, em mostrar o descontentamento com a abordagem do tema. Somos livres para fazer graça e para se enfurecer também. Foi- se o tempo em que não tínhamos voz para reclamar, que éramos coitadinhos. Temos inclusive voz para rir, mas daquilo que realmente for engraçado. Passamos de ignorados a alvos de polêmica e criadores de discussões profundas sobre o olhar para o ser humano, diferentes em suas essências, mas ousados em suas deficiências. Tenho certeza de que a nossa força em prol da informação de qualidade provará que somos muitos mais que ridículos estereótipos. E assim poderemos dizer que quem ri por último ri melhor."

FONTE: http://www.maragabrilli.com.br/federal/noticias/1270-deputada-mara-gabrilli-comenta-a-sketch-casa-dos-autistas

ASSESSORIA DE IMPRENSA - DEPUTADA MARA GABRILLI

Publicações do laboratório no ano de 2011.

Seguem os links referentes às publicações d ano de 2011. Confira, no menu ao lado, as publicações dos outros anos.


AMATO, Cibelle Albuquerque de La Higuera et al. Fatores intervenientes na terapia fonoaudiológica de crianças autistas. Rev. soc. bras. fonoaudiol


DEFENSE, Danielle Azarias  and  FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. Perfil funcional de comunicação e desempenho sócio-cognitivo de adolescentes autistas institucionalizados. Rev. CEFAC


FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda; AMATO, Cibelle Albuquerque de La Higuera; BALESTRO, Juliana Izidro, MOLINI-ALVEJONAS, Daniela Regina. Orientação a mães de crianças do espectro autístico a respeito da comunicação e linguagem. J Soc Bras Fonoaudiol.
http://www.sbfa.org.br/portal/pdf/AO365_1.pdf

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Links para publicações

Estão disponíveis no menu ao lado as publicações do laboratório realizadas nos últimos cinco anos.

Publicações do laboratório no ano de 2011.

Seguem os links referentes às publicações do ano de 2011. Confira, no menu ao lado, as publicações dos outros anos.


AMATO, Cibelle Albuquerque de La Higuera et al. Fatores intervenientes na terapia fonoaudiológica de crianças autistas. Rev. soc. bras. fonoaudiol


DEFENSE, Danielle Azarias and FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. Perfil funcional de comunicação e desempenho sócio-cognitivo de adolescentes autistas institucionalizados. Rev. CEFAC

Publicações do laboratório no ano de 2010.

Seguem os links referentes às publicações do ano de 2010. Confira, no menu ao lado, as publicações dos outros anos.


http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-80342010000400025&lng=en&nrm=iso

FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. Rev. soc. bras. fonoaudiol.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-80342010000300019&lng=en&nrm=iso

MOREIRA, Camila Ramos and FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. Avaliação da comunicação no espectro autístico: interferência da familiaridade no desempenho de linguagem. Rev. soc. bras. fonoaudiol.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-80342010000100026&lng=en&nrm=iso

FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda and MOLINI-AVEJONAS, Daniela Regina. Crianças autistas podem vencer suas dificuldades principais e se tornar solidárias, criativas e reflexivas? Um estudo de follow-up de 10 a 15 anos de um subgrupo de crianças com distúrbios do espectro autístico (DEA) que receberam uma abordagem de desenvolvimento abrangente, individualizada e baseada no relacionamento (DIR). Rev. soc. bras. fonoaudiol.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292010000100009&lng=en&nrm=iso

BELINI, Aline Elise Gerbelli and FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. Desenvolvimento do olhar e do contato ocular em lactentes de zero a quatro meses de idade. Rev. Bras. Saude Mater. Infant.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-82712010000300003&lng=en&nrm=iso

GAINO, Silvana Batista; SALGADO, Manoel Henrique and FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. Desenvolvimento de uma Lista de Verificação em Comunicação e Linguagem para os Transtornos do Espectro Autístico. Psico-USF

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-56872010000400009&lng=en&nrm=iso

FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda; SANTOS, Thaís Helena Ferreira; AMATO, Cibelle Albuquerque de la Higuera and MOLINI-AVEJONAS, Daniela Regina. Recursos de informática na terapia fonoaudiológica de crianças do espectro autístico. Pró-Fono R. Atual. Cient.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-56872010000400002&lng=en&nrm=iso

AMATO, Cibelle Albuquerque de la Higuera and FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. O uso interativo da comunicação em crianças autistas verbais e não verbais. Pró-Fono R. Atual. Cient.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-56872010000100009&lng=en&nrm=iso

CARDOSO, Carla; SOUSA-MORATO, Priscilla Faria; ANDRADE, Suraia and FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. Desempenho sócio-cognitivo e adaptação sócio-comunicativa em diferentes grupos incluídos no espectro autístico. Pró-Fono R. Atual. Cient.

Publicações do laboratório no ano de 2009.

Seguem os links referentes às publicações do ano de 2009. Confira, no menu ao lado, as publicações dos outros anos.


BARBOSA, Milene Rossi Pereira e FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. Qualidade de vida dos cuidadores de crianças com transtorno do espectro autístico. Rev. soc. bras. fonoaudiol.

FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. Famílias com crianças autistas na literatura internacional. Rev. soc. bras. fonoaudiol.

SOUSA-MORATO, Priscilla Faria e FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. Adaptação sócio-comunicativa no espectro autístico: dados obtidos com pais e terapeutas. Rev. soc. bras. fonoaudiol.

FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. Children with autism spectrum disorders. Rev. soc. bras. fonoaudiol.

SOUSA-MORATO, Priscilla Faria and FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. Correlatos entre o perfil comunicativo e adaptação sócio-comunicativa no espectro autístico. Rev. CEFAC

Publicações do laboratório no ano de 2008.

Seguem os links referentes às publicações do ano de 2008. Confira, no menu ao lado, as publicações dos outros anos.


BELINI, Aline Elise Gerbelli and FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. Olhar e contato ocular: desenvolvimento típico e comparação na Síndrome de Down. Rev. soc. bras. fonoaudiol.



FERNANDES, Fernanda Dreux et al. Fonoaudiologia e autismo: resultado de três diferentes modelos de terapia de linguagem. Pró-Fono R. Atual. Cient.



FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda and MIILHER, Liliane Perroud. Relações entre a Autistic Behavior Checklist (ABC) e o perfil funcional da comunicação no espectro autístico. Pró-Fono R. Atual. Cient.


Publicações do laboratório no ano de 2007

Seguem os links referentes às publicações do ano de 2007. Confira, no menu ao lado, as publicações dos outros anos.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-80342007000300003&lng=en&nrm=iso

BELINI, Aline Elise Gerbelli and FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. Olhar de bebês em desenvolvimento típico: correlações longitudinais encontradas. Rev. soc. bras. fonoaudiol.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-80342007000100013&lng=en&nrm=iso

FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. Planting seeds for the future: an examination of education of Speech-Language Pathology. Rev. soc. bras. fonoaudiol.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-56872007000200004&lng=en&nrm=iso

PORTO, Eliza; LIMONGI, Suelly Cecilia Olivan; SANTOS, Irlaine Guedes dos and FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. Amostra de filmagem e análise da pragmática na síndrome de Down. Pró-Fono R. Atual. Cient.


http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-56872007000400014&lng=en&nrm=iso

FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. Emerging issues on the education of SLPs around the globe - different models: Brazil. Pró-Fono R. Atual. Cient.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Etimologia e Histórico

O termo foi introduzido em 1911 na literatura psiquiátrica por Eugen Bleuler, para se referir ao sintoma de esquizofrenia como sendo uma "fuga da realidade", que consiste na limitação de relação com o mundo externo.

Autismo é de origem grega, onde "autós" significa "de si mesmo". A palavra foi utilizada por Kanner e Asperger para descrever os sintomas observados em seus pacientes.

Em 1943, Leo Kanner descreveu o autismo infantil como uma síndrome que inclui alterações no contato afetivo, insistência na manutenção de rotina, interesse por objetos estranhos e alterações na comunicação. A partir desta descrição, o autismo infantil foi considerado como um tipo de psicose infantil, autismo da criança e síndrome de Kanner, pela OMS e CID. Foi reiterado como critério fundamental o aparecimento dos sintomas antes dos 30 meses de idade. Concomitante ao trabalho observado por Kanner, o pediatra Hans Asperger descreveu crianças com sintomas semelhantes.

Com a evolução das pesquisas, o autismo passou a ser considerado um Distúrbio Global do Desenvolvimento como atualmente descrito no DSM-IV ou Transtorno Invasivo do Desenvolvimento na CID-10.
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